domingo, 5 de junho de 2011

[TWIN SHADOW]


At my heels… baby!!

Para o meu post no blog Discos Soltos trago-vos uma das melhores bandas do momento… Twin Shadow! Anda on repeat no meu ouvido! Actuaram no passado dia 25 de Maio na discoteca Lux, em Lisboa, e no dia 26 em Vila do Conde, no âmbito do projecto ‘Estaleiro’. Também têm passado por festivais e vão acompanhar a Florence and The Machine na sua tour americana durante este mesmo ano de 2011.


Twin Shadow é o nome da banda de George Lewis Jr. Faz-se acompanhar por três músicos, dos quais só consegui descobrir o nome de um elemento, o único membro feminino, Wynne Bennett, nos sintetizadores. Os outros, um baixista e um baterista. Vêm dos E.U.A. e assinam com a Terrible Records e 4AD. Curiosamente, George nasceu na República Dominicana mas mudou-se para a Florida nos E.U.A, onde cresceu. Já teve outra banda, os Mad Man Films, mas só a partir de 2006, começou a trabalhar como Twin Shadow em Brooklyn.


Em 2010, editou o seu disco de estreia “Forget”, produzido por Chris Taylor dos Grizzly Bear. Soa a revivalismo dos 80’s, indie - rock - new wave - synth pop. Este álbum parece ser dividido em duas partes, uma composta por sonoridades mais efusivas e altamente dançáveis, e outra muito mais calma e pacífica. Trata de arrependimentos, amores escondidos, relações sérias, sedução, sentimentos nostálgicos, talvez um pouco obscuros. No youtube pode ver-se a banda a actuar ao vivo numa 4AD Sessions series, filmada nos estúdios Teddington no fim do ano de 2010.


Das músicas mais dançáveis, a roçar o disco beat, destaco a At my Heels e a For Now porque são bastante ritmadas e falo por mim, não consigo deixar de abanar o pé. Os singles I Can’t Wait e Slow são deliciosamente sensuais. Comprovem por vocês mesmos aqui.

At my Heels:

For Now:

I Can’t Wait:

Slow:

Das sonoridades nostálgicas, que mais parecem um ‘slow’ daqueles que passam nos famosos bailes de finalistas estalam as músicas When We're Dancing, Forget e Tyrant Destroyed. Em Tether Beat, George pergunta "Does your heart still beat?" ou em Yellow Balloon, acontecem “Secret handshakes”. Um dos singles mais tocados na nossa rádio Castles in the Snow diz que tudo o que George toca "turns cold."

When We're Dancing:

Forget:

Tyrant Destroyed:

Yellow Balloon:

Castles in the Snow:


http://www.myspace.com/thetwinshadow

http://www.twinshadow.net


CONCERTO DISCOTECA LUX – 25 MAIO 2011 – TWIN SHADOW

Os Discos Soltos estiveram presentes no passado dia 25 de Maio na discoteca Lux, em Lisboa e foi… muito bom!! Fiquei mesmo coladinha ao senhor e absorvi todos os acordes, dancei e cantei como se não houvesse amanhã! Deram um concerto mais rock do que a versão que apresentam no álbum “Forget”.

O set dos Twin Shadow começou com Shooting Holes in the Moon. Pelo meio, George confessou que o dia anterior tinha sido o primeiro da digressão em que a banda gozou de um dia inteiro como bem entenderam. Ainda brincou porque não tinha visto nenhum do público presente a beber uns copos por onde passaram - “It`s Tuesday night, what´s up?”. Pessoalmente, At My Heels foi o momento alto da noite, muito dançável e salpicado com muito rock. O encore contou com a presença de Tether Beat, terminando com outra versão de Castles in the Snow, já tocada durante o concerto, mas que levou a uma boa despedida e o público ao rubro.

No entanto, apesar do bom espectáculo, mais uma vez achei que o Lux não tem qualidade suficiente para produzir um bom concerto. A voz esteve várias vezes abaixo da melodia das canções ao ponto de eu não conseguir perceber a letra. Já com os Best Coast foi a mesma coisa. Enfim… é a minha opinião, não sei se é partilhada por mais pessoas ou não. Os meus votos vão para que melhorem o espaço… hum?! Achei engraçado o baterista do grupo, porque tinha um penacho no topo da cabeça, cabelo caído sobre os olhos e um espírito muito ‘mocado’, com os olhos sempre a revirar. Mas mesmo assim, este músico tocou excelentemente bem e com grande ritmo.

P.s. – Todas as fotografias do concerto aqui publicadas foram tiradas por mim.










sexta-feira, 3 de junho de 2011

[THE VACCINES]


Mais uma revelação para o presente ano que diz que tem encantado quem os tem visto ao vivo. No seu pequeno percurso que percorreram já muito se falou sobre os The Vaccines, e já muita tinta se gastou a escrever sobre este conjunto. Não foi preciso muito para logo arranjarem uma conotação, considerados como os novos Ramones. Por verdade que seja, este tipo de comparações pode revelar-se perigoso porque criam-se expectativas. Não é que a criação de expectativas em relação a algo seja mau, o pior é quando não se dá espaço de manobra. Pois eu ouvi ‘isto’ antes de os ‘ouvir’ pela primeira vez, e na minha modesta opinião não concordo. Os Ramones foram e sempre serão os Ramones. Os The Vaccines ainda têm muito que trabalhar para lá chegar, mas estão definitivamente no bom caminho. Tenho mais facilidade em os associar com os Interpol. Tanto pelo ritmo temperado e moderado das músicas, como pelas características vocais dos vocalistas. A música dos The Vaccines aproxima-se mais com o modelo do garage rock revival dos anos 60 e o punk dos 70.

Mas voltando ao assunto, esta banda londrina apresenta-se como um quarteto tipicamente rock. Duas guitarras, baixo, bateria e muita garra. Contam com pouco tempo de percurso musical. Desde que começaram a aparecer em circuitos londrinos, que a critica os tem acompanhado e os tem elevado ao estatuto de estrelas, com as inúmeras referências positivas.




O seu disco de estreia foi lançado em Março deste mesmo ano, intitulado What Did You Expect from the Vaccines?. Não sei até que ponto o título do álbum não será uma ironia da própria banda em relação ao “fenómeno” que se criou à sua volta. Mas uma coisa é verdade, os senhores são bons naquilo que fazem, e o disco merece todas as conquistas que tem vindo a concretizar. 




Ao longo deste artigo, vou deixar algumas das pérolas sonoras que podem encontrar ao explorar este álbum que tem todo o mérito, e deve ser devidamente apreciado, pelo menos uma vez. Só espero que quando se apresentarem em palco no SBSR2011, que tragam toda a vivacidade característica do rock. Mais um concerto que definitivamente não quero perder.


quinta-feira, 26 de maio de 2011

[CAGE THE ELEPHANT]


Directamente dos Estados Unidos da América, apresento-vos, para quem ainda não os conhece, Cage The Elephant. Esta banda de Kentuchy, formada durante o ano de 2006, tem vindo a ganhar uma enorme notoriedade até ao presente, um pouco por todo o mundo. Uma banda formada por amigos de secundário, como tantas outras, consegue-se destacar com uma sonoridade indie rock punk, sempre com um ar muito inspirado no rock de garagem. 


Os Cage The Elephant contam na sua discografia com 2 álbuns. O primeiro, de nome homónimo ao da banda, lançado no ano de 2008, fez o suficiente, mas definitivamente não causou uma grande impressão. No que diz respeito às tabelas de vendas, os seus primeiros "Free Love" e "In One Ear" tiveram alguma dificuldade em vingar. Já o terceiro single retirado deste trabalho, "Ain't No Rest for the Wicked", tem qualquer coisa de especial. Neste ponto concordo com as criticas e esta música de facto marca um argumento na música dos Cage the Elephant. Foi a partir daqui que começaram a elevar a sua notoriedade musical. De resto, deste trabalho não sou grande apreciador, excepto talvez só mais “Back Against The Wall”



Em Janeiro deste ano, estes jovens apresentaram-nos o seu novo trabalho. “Thank You, Happy Birthday” de seu nome, e uma verdadeira celebração. A mesma essência, mas uma maturidade enorme, um sentido de criatividade ainda maior, quase nem parece ser a mesma banda. Na minha modesta opinião, o salto evolutivo da banda a nível musical é incrível mesmo. O álbum como a banda subiu na minha consideração a partir do momento em que presenciei, auditiva-mente claro, “Aberdeen”. Neste álbum os Cage The Elephant apresentam algumas mudanças ao nível de sonoridade, realçando o lado mais punk do que propriamente o indie, com uma batida mais forte e um baixo mais expressivo. Músicas mais agressivas e com muito mais vida. “Shake Me Down” é neste momento o meu hino, acho que não passo um dia sem a ouvir. Vale mesmo a pena. 





Um primeiro trabalho razoável, um segundo fenomenal. Resta saber o que é que estes senhores nos preparam para um futuro próximo, mas espero que seja o continuar do mesmo caminho que têm vindo a percorrer, deixando o primeiro álbum muito distante.  

 http://www.cagetheelephant.com/
http://www.myspace.com/cagetheelephant