sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

[X-WIFE]


X-WIFE………… Já tinha umas saudades!

Venho falar deles porque são outra das minhas bandas favoritas e merecem destaque, uma vez que vão lançar brevemente o seu quarto álbum de originais. Iupi!


X-Wife são: João Vieira (Dj Kitten) (voz/guitarra), Fernando Sousa (baixo), Rui Maia (Sintetizadores/ bateria/drum machine). É verdade, estes senhores são portugueses oriundos do Porto e assinam com a editora Nortesul/ Valentim de Carvalho em Portugal.

Descrevo o seu estilo musical em três palavras… Electro - Punk - Rock! É brutalmente explosivo, barulhento e rítmico, capaz de incendiar qualquer pista de dança com os seus variados temas. Ao vivo funcionam muito bem como banda, são intensos e esmagadoramente electrizantes.

Já há algum tempo que sigo o seu percurso musical e tive o privilégio de os ver actuar em 2009 durante a semana académica de Lisboa, arraial do Técnico e festival Sudoeste. Os X-Wife também já suportaram bandas de renome como os Artic Monkeys, Soulwax, Liars, Simian Mobile Disco, Love is All, TV on the Radio, Gossip, Chemical Brothers, LCD Soundsystem e Justice. Nova York, Austin (SXSW), Londres, Paris, Madrid, Barcelona (Primavera Sound e Razzmatazz) e Bilbao são algumas das cidades por onde já actuaram.


Lançaram o seu primeiro EP em 2003 composto por 3 faixas (Rockin’ Rio / Eno / We are) e agitaram logo cedo a comunidade melómana. Não ficando por aí, lançaram em 2004 o primeiro disco “Feeding the machine”, masterizado em Londres por Noel Summerville e produzido pela própria banda. Deste álbum destaco os temas New Old City, Fall e Taking Control.

Em 2006 sai o segundo álbum “Side Effects”. Deste realço as músicas Realize, Feel Connected, When The Lights Turn Off e Ping-Pong, cujo videoclip está espectacular.

Em 2008 rebentam com tudo e lançam “Are you ready for the blackout?”, nomeado para Best Portuguese Act nos MTV Europe Music Awards e considerado um dos melhores discos de rock do ano pela revista Blitz, levando-os em digressão pelos Estados Unidos durante duas semanas. Tirem tempo e ponham a tocar na aparelhagem o single On The Radio mas só se for no volume máximo… vá… só assim podem compreender parte do trabalho desta banda. É de cantar até ficar sem voz! Outros temas interessantes deste disco são Fireworks, Headlights, Heart Of The World e Good Times.

O novo disco dos X-Wife chegará às lojas em Abril deste ano e está a ser produzido por Nelson Carvalho, responsável por discos de David Fonseca, Deolinda e The Legendary Tigerman. Pessoalmente, estou muito entusiasmada e expectante de como soará… Será que vai superar os anteriores? Ainda não tem título mas já se conhece o single Keep On Dancing.

P.S. - Esta última fotografia fui eu que tirei durante a semana académica de Lisboa.

http://www.x-wiferocks.com

http://www.myspace.com/xwiferocks



Aparte dos X-Wife, saliento o trabalho do João Vieira como DJ, autor de um movimento em Londres intitulado Club Kitten. Para muitos é um nome de culto das pistas de dança. Em 2001, o Club Kitten instalou-se na discoteca Triplex no Porto. Já tive o prazer de sentir essa força na discoteca Lux e no arraial do Técnico em Lisboa. Em 2004 foi nomeado pela revista "Dance club" na categoria de DJ revelação e em 2005 ganhou o prémio para melhor DJ nacional de electro. Já tocou com grandes nomes como os 2 many DJS, Sebastian, Felix da housecat, Headman, Peaches, Boys noise e Rory Phillips.


http://www.myspace.com/cherrybombclub


O trabalho realizado por Rui Maia a ‘solo’ também não fica atrás. Produtor em "The Way You Move" 12 polegadas (Bear Funk Records), "Cantonese Man" 12 polegadas (Untracked Recordings) e "Mirror People" EP (Optimus Discos), sendo este último um projecto em nome próprio. Sinceramente, ainda não tive o prazer de ouvir e conhecer este disco mas já presenciei o DJ set do Rui no bar Incógnito em Lisboa por diversas vezes. “Mirror People” é um disco composto por 6 temas e destaca-se o tema Business of Pleasure.


http://www.myspace.com/ruimaia
www.mirrorpeople.net

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

[Radiohead]

Este ano vai definitivamente deixar uma grande marca em termos musicais. Vamos ter o novo álbum dos The Strokes, uma possível reunião dos Blur, a nível musical podemos esperar dos melhores concertos e estreais nos festivais que se aproximam. Vai ser, sem sombras de dúvidas um grande ano em termos de música. E a juntar a todos estes acontecimentos, acrescenta-se ainda a edição de mais um álbum dos Radiohead.  

O novo trabalho dos Radiohead, o oitavo da sua discografia, intitula-se “The King of Limbs”, e apesar do seu lançado em formato físico acontecer a 28 de Março, o download já está disponível no site da banda desde 19 de Fevereiro por uma modesta quantia de 6 libras (aproximadamente 8 euros) causando uma verdadeira euforia e satisfação para os seus seguidores. Os Radiohead têm aproveitado as novas tecnologias para se aproximarem cada vez mais do seu público. Já o tinham feito em 2007 com “In Rainbows” em que cada comprador indicava o preço pelo qual achava que deveria adquirir o álbum, e agora voltaram a fazê-lo, antecipando o lançamento o lançamento de “The King of Limbs”, disponibilizando as músicas em formato digital, acompanhado da divulgação do vídeo clip do primeiro single em ecrãs de algumas das avenidas das maiores cidades dos mundos.

Não vou fazer um escrutínio exausto sobre toda a discografia dos Radiohead, mas apenas a mais recente edição musical. No global, “The King of Limbs” é um bom álbum, é diferente, com base numa mistura electrónica minimal, muito bem acompanhada da voz de Thom Yorke, mas, na minha opinião, há qualquer coisa que falta, há um espaço vazio que falta preencher. Sou fã dos Radiohead, das guitarras eléctricas agressivas de “Ok Computer” (1997). Sei que não tem sido muito esta a linha por onde estão a seguir e desde “Hail to the Thief” (2003) que este facto se tem acentuado mais, abandonando as guitarras alucinantes e abraçando um beat mais electrónico. Não retiro a genialidade musical aos Radiohead, porque para mim são mesmo a banda mais genial da actualidade, mas “The King of Limbs” ainda não me convenceu. Não era o que estava à espera sou sincero, pensava que seria um regresso às origens, acho que e falta aquela energia electrizante que faz com que o pé bata ao ouvirmos uma música, como ainda faz a “Idioteque”. É um álbum morno, a meio gás, para um ambiente mais recatado e deu-me a ligeira impressão que se aproxima mais do trabalho de Thom Yorke, “The Eraser” (2006), do que um álbum de Radiohead. Outro pormenor que me despertou a atenção foi o facto de este trabalho apenas ser composto por 8 músicas. Ao que parece, em algumas lojas online que tem o disco em pré venda, pode ler-se “Radiohead – The King of Limbs, Vol. I”, implicado a existência de um Vol. II, ou não, porque este facto ainda não foi confirmado pela banda. Mas se assim for, e a segunda parte for o reverso da medalha e se tiver o que poderá faltar a nesta primeira parte, então muita coisa faz sentido. Mas até ao momento, serão nada mais do que puras especulações. 

O primeiro single a sair desta composição é “Lotus Flower” e também a primeira música que ouvi. É uma excelente música, um grande som mesmo e deixou-me muito entusiasmado para ouvir e conhecer o resto. Foi pena descobrir que o resto do álbum soa um bocadinho todo ao mesmo. Mas consigo retirar alguma satisfação de “The King of Limbs”, destaque para “Little by Little” é a minha preferida de todo o álbum, e aprecio espacialmente a balada melancólica ao piano, “Codex”, mas falta-lhe alguma alma tem a “Pyramid Song”. Não sei até que ponto este álbum pode resultar num festival ou num concerto, mas a tocar em casa resulta muito bem, e no final merece todo o tempo dispensado para se ouvir de uma ponta a outra. Sinceramente estava à espera de algo diferente, não é necessariamente mau, porque não o é, o álbum é bom, mas também não é nada de extraordinário. Mas quando se impõe a perguntar, “é para ouvir mais do que uma vez?”, a resposta é, “Definitivamente”. Aqui fica o primeiro single “Lotus Flower” e a grande dança de Thom Yorke. 


domingo, 20 de fevereiro de 2011

[Foals]

F-O-A-L-S! Conheces? NÃO? Como NÃO?! Ai!!

Passo a explicar estas cinco letras que já dizem muito…e que vão marcar presença no Palco Super Bock do Optimus Alive'11, a 9 de julho.

Foals são: Edwin Congreave (teclas), Walter Gervers (baixo), Yannis Philippakis (vocalista/guitarra), Jack Bevan (bateria), Jimmy Smith (guitarra). Nasceram em terras de sua majestade, Oxford e assinam com a Trangressive Records na Europa e com a Sub Pop nos EUA.

Lançaram o primeiro álbum “Antidotes” em 2008 e em Maio de 2010 lançaram o segundo álbum “Total Life Forever”.

Pessoalmente, o estilo musical destes senhores é uma mistura de indie rock com electrónico. Super dançável, boa onda e com energia para esmagar qualquer outra banda do género.

Estava eu na pista de dança do Incógnito quando o DJ residente põe a dar “Olympic Airways”, do primeiro álbum dos Foals. Foi PAIXÃO à primeira escuta! FOI! Por momentos fiquei paralisada de tanto prazer musical... Descobri outras com igual efeito como a “Cassius”, “Red Socks Pugie”, “Hummer” e “Balloons”.


Mas estes músicos não ficaram por aqui e no dia 23 de Fevereiro de 2011 tiveram cinco nomeações pelo álbum Total Life Forever nos prémios do NME: melhor Banda Britânica; Banda ao Vivo; Álbum; Canção e Trabalho Gráfico num Álbum. Deste disco recomendo que vibrem com a canção “Spanish Sahara”, que para mim é a melhor dos últimos tempos. A-d-o-r-o. As músicas “This Orient” e “2 Trees” também são especiais.


Foals são uma das minhas bandas favoritas e sinceramente aguardo o concerto no Optimus Alive’11 cheia de expectativas! Será que vão superar? Hum? Ficarei à espera…

http://www.foals.co.uk/entry/

http://www.myspace.com/foals



sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

[Anna Calvi]

E para o meu primeiro post venho aqui falar do acontecimento musical que marcou o início deste ano, de seu nome Anna Calvi. E foi ao som da voz desta senhora que este ano “acordou”, e que voz que a senhora tem, que despertou a curiosidade de todos. Brain Eno chegou a declarar publicamente o surgimento de Anna Calvi como o acontecimento musical "mais importante desde Patti Smith" e que a sua música um verdadeiro hino "de inteligência, romance e paixão... que mais podemos exigir da arte?". Também Nick cave reconheceu o seu imediato valor, e teceu sobre a sua música os maiores louvores, convidando-a pessoalmente para dar suporte à sua banda, os Grindeman.

Anna Calvi, Inglesa de naturalidade, passou a sua infância foi absorvendo todos os conhecimentos de seu pai, um amante de música, e decidiu que a música seria a sua vida, tento inclusive adquirido um grau académico em música. A sua carreira musical é bastante curta, passando por diversos projectos musicais, entre os quais se destacaram os "Cheap Hotel", até conhecer a multi-instrumentalista Mally Harpez, e o baterista Daniel Maiden-Wood que a acompanham, agora, em nome próprio.

E o que é que tem Anna Calvi de tão especial para despertar tantas atenções? Não é apenas a voz poderosa e fulminante que usa com toda a mestria, não é apenas todo o glamour, sedução e a intensa como interpreta os seus temas, não são apenas as suas músicas despidas de quaisquer segundas intenções, puras, aguerridas, verdadeiras, inspiradas no melhor de Pj Harvey e de Siouxsie. Não. Anna Calvi é isto tudo, e muito mais.

O seu primeiro álbum de originais foi lançado em Janeiro deste ano, curiosamente pelo mesmo produtor de Pj Harvey, intitulado "Anna Calvi" (2011), e é uma maravilhosa viagem musical que nos faz perder num novo mundo, o mundo de Anna Calvi. Acho que nunca fiquei tão ligado a uma música logo na primeira vez que a ouvi como me aconteceu com “Desire”, que é uma verdadeira delícia auditiva. E a satisfação auditiva continua com “Jezebel”, que tem uma musicalidade divinal, “I´ll be Your Man” com uma guitarra poderosa ao estilo rock/blues. Vale mesmo a pena explorar o que esta pequena maravilha musical tem para oferecer porque o álbum é verdadeiramente bom do princípio ao fim e aconselho.  

Se estamos na presença de um prodígio musical, capaz de revolucionar o mundo musical, ainda é muito cedo para dizer se Anna Calvi será essa pessoa, e os próximos álbuns irão ditar que futuro terá. Haverá sempre a possibilidade de mais nada de genial sair do intelecto desta senhora, e espero sinceramente que não, mas uma coisa é verdade, este álbum é simplesmente uma verdadeira delícia musical, e mal posso esperar pelo que virá de futuro.

Adoro música, adoro música ao vivo e é curioso como no entanto não aprecio muito ouvir gravações ao vivo. Mas com Calvi não tenho esse problema. Aqui fica o vídeo de uma actuação de Anna Calvi e o seu tema “Desire”, para se aperceberem o quão magnifica é esta senhora.



quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

[Bem-vindos!]


O blogue "Discos Soltos" começa hoje a dar os primeiros passos. Este projecto tem o objectivo de partilhar com vocês os nossos gostos, conhecimentos e experiências musicais. Entusiasmados?

Não pretendemos ser os maiores críticos, nem impor os nossos gostos e opiniões. Queremos apenas passar para vocês a paixão e adrenalina que conseguimos retirar de cada acorde que sentimos e ouvimos, resumindo, o modo de como ‘vivemos’ a música.

Queremos que este projecto cresça e que seja tanto nosso, como vosso, por isso, estejam à vontade para partilhar, criticar, sugerir, pedir e os demais verbos que existam que possam servir para que este projecto seja um prazer tanto para vocês, como para nós. Da nossa parte, tudo faremos para manter este projecto vivo e interessante, para que vos dê gozo passear por estas páginas. 

De resto, da nossa parte, só nos resta agradecer a todos que aqui passarem e esperamos que gostem do que aqui vai acontecer. Um especial agradecimento a todos!

Os autores:
André M. Grilo
Filipa Marta aka PhiZz