Os Funeral Party são um quarteto Norte-americano, de Whittier, California e dos quais fazem parte Chad Elliott na voz e teclas, James Lawrence Torres na guitarra, Kimo Kauhola no baixo e Tim Madrid na bateria. A sua aventura pelo universo musical tem um início igual ao de tantas outras bandas, que começa por um conjunto de amigos, “presos” na sua terra natal onde nada acontece, onde o futuro não é sorridente e decidem começar uma banda de garagem. Foi também assim, que os Funeral Party tiveram o seu início. Depois de escolhidos os intervenientes para a formação do grupo, é necessário descobrir um nome para a banda, que neste caso a inspiração surgiu a partir de numa música dos The Cure, que se intitula precisamente, “Funeral Party”. O passo seguinte é o mais complicado, e é a partir daqui que se separam as milhares de bandas de garagem que se formam ao longos dos anos daquelas que chegam até aos nosso ouvidos. A diferença dos Funeral Party para tantas outras bandas de garagem? O seu talento. E foi pelo seu talento que começaram a fazer circuitos de bares e festas, pedindo material emprestado para tocar, foram ganhando gradualmente uma legião de seguidores que estavam sempre presentes em todos os concertos e os seguiam para onde quer que eles fossem tocar, dando-lhes a motivação suficiente para conseguirem crescer e evoluir musicalmente. Até que chega à última etapa do processo que é a oportunidade, que surgiu num concerto onde estava presente um produtor musical que os convidou para irem para estúdio. 
O resultado foi “The Golden Age of Knowhere”, o primeiro álbum de estúdio lançando em Janeiro deste ano, que fez com que de repente estes rapazes começassem a surgir nas tabelas de vendas e serem considerados como uma das grandes promessas para este ano. Foi por acaso que descobri esta banda, quando estava no meu consumo mensal de música que os vi referenciados como umas novas revelações. A primeira música que ouvi, e por seu sinal o primeiro single retirado deste primeiro trabalho, “Finale”, foi mais do que suficiente para me levar a acreditar neste projecto e a ouvir as suas músicas vezes e vezes sem conta. Sem nada de muito inovador dentro do estilo do indie rock, é simples, sem inventar nem complicar, músicas com um rift definido e conciso, uma bass line bastante forte que mantém a fluidez das músicas, um ritmo bastante festivo e dançável, e um para completar o belo conjunto, a voz de Chad Elliott, semi-rouca num pitch elevado. O álbum é para ouvir do princípio ao fim, apesar de acabar por não sair do mesmo registo, não sendo muito inventivo ao longo de todas as músicas, mas não cai na monotonia nem no aborrecimento. É para ser apreciado com o som no máximo, e com um certo espaço livre à volta para o caso do som começar a circular por todo o corpo, o que é passível de acontecer. No meio de tanto indie, os Funeral Party conseguiram despertar a minha atenção e ainda bem que assim aconteceu, e já algum tempo que não me entusiasmava tanto com um banda. Foram uma boa descoberta e espero que também assim o seja para quem os ouvir. Para finalizar aqui vos deixo, o vídeo do primeiro single, “Finale”. Enjoy…
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